Foram várias as fontes que elevaram bem alto o nome da Taberna do Calhau. O Observador Lifestyle aponta como um dos novos restaurantes a seguir, o Podcast Assim Assado deu a mostrar todo o carisma e versatilidade do Chef Leopoldo Calhau, e os prémios Mesa Marcada colocam-no a par dos melhores.
Foi ao combinar jantar com dois amigos que já participaram no Também Tenho Fome, que sugeri o Taberna do Calhau. Reconhecendo a minha aptidão para seleccionar bons restaurantes, acataram a minha recomendação. E este restaurante, mesmo sem o visitar, já possuía um simbolismo muito especial, na medida em que quem persegue as novidades da cidade tende a deixar a cozinha portuguesa um pouco de lado, já que os bastiões desse segmento se mantém há bastantes anos, e as novidades são ditadas mais pelas modas ou por um novo tipo de cozinha importado do estrangeiro. Ora, a Taberna do Calhau é uma novidade fresquíssima e entusiasmante, onde tanto a comida como lugar são muito portugueses e familiares.
A Taberna do Calhau tem pequenas coisas que a tornam especial, sendo que uma delas é não existir acompanhamentos. Ou melhor, existe mas é o pão. Um pão, leve, fatiado, onde os pedidos de novas doses se vão sucedendo uns atrás dos outros. E nós não nos importamos nada.
O vinho da casa cai bem. Tão bem, que a dose individual rapidamente se torna coisa do passado.
O queijo de cabra foi o primeiro a casar com o pão e o vinho. E que belo casamento, sob o olhar passivo de um amigo que não se opôs, mas não aprecia o odor mais intenso deste queijo, e que me deixou lambuzar por mim e por ele.
Enquanto esperávamos pelo último do trio, pedimos um Paio e Painho para ir picando qualquer coisa não muito substancial.
Das opções que não constavam da carta, e depois de tão boa publicidade, pedimos as silarcas - uma espécie de cogumelo - que posso agora confirmar ser muito saboroso, e não um prato do qual se queriam livrar (nunca acreditei nesta última possibilidade).
A Alentejaninha, pedida imediatamente após terem sido proferidas as palavras mágicas "Bochecha de Porco Preto". Vem banhado num especial molho francesinha com receita da casa, e à base de produtos alentejanos, claro está. É uma delicia, e bem podíamos ter pedido um por cabeça, que não restaria nada.
Veio também parar à mesa o Borrego com pão e hortelã. Nada temam, que este borrego é de boa casta e aguça aquele apetite por mais. É um pequeno exemplar, que nos faz riscar mais um item da lista.
Partilhámos tudo, como manda a regra, e mais pratos e pratinhos ficaram adiados para uma próxima visita.
Mas quando gostamos do que estamos a comer, fica complicado dizer que não a um docinho final, porque a probabilidade de receber mais uma dose de alegria é grande.
E assim foi. Eu com o Pudim da Joana - ou de Noz, se preferirem - e eles com a Moussse de Chocolate.
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