Agora - e cada vez mais - vão aparecendo restaurantes nas zonas que nos são mais familiares. É como se existisse uma inversão do fenómeno e as coisas boas viessem ter connosco: é o caso do Honor.
Mais do que pensar na perspectiva de quem é de Lisboa e precisa de motivos - que não a praia - para atravessar o rio, o Honor vem ajudar a colmatar uma área ainda por potenciar gastronomicamente (que ainda existe) porque há cada vez mais gente a fixar-se na zona da Charneca de Caparica.
É impossível ficarmos indiferentes, a partir da principal estrada que cruza a Charneca, a este restaurante que está sempre bem composto, independentemente do dia da semana.
E a verdade é que não é surpresa, já que as referências são as melhores: Mário Ribeiro, o chef natural do Monte de Caparica por detrás dos consensuais Sushic e Nómada, regressa à sua querida Margem Sul.
As entradas por nós pedidas foram o Carpaccio de Lírio dos Açores e o Tártaro do Chef, com 3 peixes. O primeiro é simplesmente excelente. Em geral não temos por hábito sequer escolher Carpaccio, por ter uma relação preço-quantidade pouco vantajosa, mas este tornou-se obrigatório pela mãe de todas as razões: o sabor. O tártaro não tem erro, já que é um dos nossos pratos preferidos e foi executado por quem sabe.
Já que não vivemos num mundo perfeito - onde a capacidade da carteira e do estômago têm limites - e por isso torna-se impossível toda a extensa e apelativa carta, faz sentido, numa primeira visita, escolher o combinado. Para não variar, estava à altura das melhores expectativas, com o Sashimi e as peças mais especiais, como os Gunkans, a deixar água na boca.
Em último lugar, Pudim de Gema com gelado de limão. Bom para fechar, embora o sushi me tenha satisfeito mais. Sobretudo, preferíamos um sabor mais neutro mas não cítrico/ácido, como a baunilha.
Óptimo restaurante, ao nível dos seus antecessores, e ao qual irei certamente voltar, também em virtude da sua localização.
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