A minha história de amor com o Bubble Tea já tem barbas: vem de 2010, altura em que curti a vida em Macau, enquanto estudava nos tempos livres desse semestre de intercâmbio. A cultura asiática sempre me fascinou, tendo o choque de sensações sido fortíssimo uma vez que não era comum encontrar fiéis representações da gastronomia asiática em Lisboa - e a cultura dos "foodies" ainda estava para nascer.
Um dos maiores vícios desses meses foi, sem duvida, o Bubble Tea, especialmente o de uma cadeia chamada "Comebuy", que tinha uma forte presença em Macau e Hong Kong.
Desde então, foram raros os bons Bubble Tea que experimentei, salvo raras excepções em passeios até Londres onde encontrei dignos exemplares.
As poucas tentativas de introduzir o hábito do Bubble Tea aos Lisboetas falharam tão redondamente quanto as próprias Bobas, mas tudo mudou com a aparição do Bubble Lab.
Da primeira vez experimentei o Milk Tea com sabor a Taro (Inhame) e bobas de Tapioca. Foi amor à primeira vista. Ou melhor, ao primeiro golo. Foi de tal forma impactante que eu e a Marta nos lançámos para um mês perfeito (não é o que os fãs de HIMYM estão a pensar) e foram 4 os fins de semana consecutivos a lá ir.
Quase enchemos o cartão de carimbos, ao qual acresce o Zomato Gold. Com tantas vantagens, já nos sentíamos um bocadinho a abusar da boa vontade oriental. Mas o que fazer, se é tão bom?
Ainda por cima, a nostalgia bateu com força quando entendi na perfeição aquele português achinesado demasiado esforçado. Para a Marta, as palavras proferidas pela dona ainda hoje permanecem uma incógnita.
Nota para o facto de o nome "Lab" não ser inocente porque o espaço, mesmo reduzido: parece-se bastante com um laboratório. Já o staff tem a sua bata branca, com pinta de cientistas que ao juntar as substâncias de vários recipientes, nos vão fazer a bebida perfeita, de preferência sem nos matar.
Em suma, o Bubble Lab ocupou um trono ainda vazio em Lisboa.
Proclamo o Bubble Lab o rei do Bubble Tea em Lisboa, e quero que este possa continuar a mimar esta faceta nostalgico-oriental que vive dentro de mim.
Por fim, se tiverem fome podem acompanhar o vosso chá com uma Bubble Waffle da porta ao lado. Não prometo que não fiquem com os olhos em bico, mas ficarão bem lanchados.
Só experimentei bubble tea em Toronto. Até lá ir, acreditava inocentemente que a base era o chá -_- mas vi um mundo de opções totalmente diferentes. Experimentei com grass jelly porque me disseram que a tapioca podia ser algo enjoativa e sem sabor (ainda que eu seja fã da tapioca mais corrente, fique com receio da de pérola). Tem a sua graça, mas é algo que não entra na minha rotina diria, acho que sou mais fã de um sumo bem natural/fruta fresva (e aqui nem sempre conseguimos sumo natural e levamos com sumo concentrado, de garrafinha). Agora essa bubble waffle... marchavam uma série delas, de seguida, todos os dias :P
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