COYO TACO

Num dos sábados mais soalheiros com que este Inverno nos brindou, rumámos a um dos lugares mais "trendy" que 2018 trouxe a Lisboa: o Coyo Taco. Com uma localização ambiciosa - tendo como vizinhos valores seguros da cozinha lisboeta - e com algum do seu Marketing a incidir sobre o facto de serem os tacos preferidos de Obama, o seu hype imediato era um dado garantido.
O espaço assemelha-se a outros lugares da Rua Pedro IV: restaurante estreito mas com um longo corredor, mais talhado para mesas a dois, onde é possível escutar as mesas ao lado.

Na escolha da bebida, estive inclinado para uma Horchata, embalado pela nostalgia burguesa dos Vampire Weekend. Contudo, após reflectir sobre o pouco desafiante volume de picante do pedido, dei ordem para vir uma cerveja Malquerida. Mal querida para uns, aposta ganha para outros. Se a cerveja portuguesa fosse assim, bebê-la-ia mais vezes. Pura questão de gostos, mas quem por aqui me segue já sabe que não sou fã das tradicionais cervejas lusas.

Sabendo de antemão que os Tacos são bem servidos e dão para dividir, e que nunca fico indiferente a uma boa Quesadilla, não é preciso ser-se um adivinho para chegar aos pedidos. Aqui, qualquer pedido é talhado para a partilha, já que a composição de cada prato é sempre em número par.

De modo a evitar uma repetição de sabores, pedimos a quesadilla de camarão, ao passo que o taco era composto por carne asada.
Quando ambas chegaram à mesa, pedimos a segunda dose de nachos. São simples, mas gostosos e particularmente viciantes. Não sobrou nada, nem mesmo na segunda dose.



Nota interessante para os molhos, que vieram ordenados do mais para o menos picante. Em muitos lugares recuso-me a experimentar a opção mais picante, mas desta vez arrisquei e realmente não é nenhum "bicho papão". Recomendo-vos a experimentar todos eles, com complexidade e sabor bem distintos.

De volta à quesadilla, a qual é cremosa, suave e saborosa, só tenho coisas boas a dizer. Mas não era o suficiente para me render ao Coyo Taco, até porque quesadillas são um dos meus pontos fracos.

E foi precisamente aí que o Coyo Taco falhou. O prato forte da casa - o taco - não me encheu as medidas, não correspondendo áquilo que parecia prometer. Um taco perfeito seria a diferença entre uma boa experiência mexicana e o topo de uma pirâmide Maya. Ou as águas mornas de Cancún, mas acho que já perceberam a ideia. Em todo o caso, sinto que também eu próprio falhei para com o Taco, uma vez que o desmanchei no decurso da degustação. Em suma, não houve aquela química, nem tão pouco aquela faísca.

Voltámos ao caminho certo com os churros pedidos para sobremesa. Envolvidos em açucar e canela, era só escolher entre o mergulhar no chocolate mexicano ou numa espécie de doce de leite com queijo de cabra. Ora, acabado de regressar de férias da Argentina, ainda não havia perdido o vicio do dulce de leche, que foi o meu preferido.

Foi bom, mas com uma clara sensação de que com mais espaço entre mesas e tacos surpreendentes, poderia ter sido perfeito.

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