ISCO

O Isco foi como que uma história de amor daquelas bem inesperadas, estão a ver? Na semana passada fui a Alvalade jantar com o meu pai a um dos habitués da Avenida da Igreja. Entre o carro e o restaurante estava o Isco, que me chamou logo à atenção e fez com que atravessasse a rua para ver a sua ementa. Ementa interessante com combinações improváveis e preços normais.
A vontade de morder o Isco não esqueceu nem esmoreceu, e depois de melhor pesquisar percebi que se trata essencialmente de uma Padaria que aposta também no vinho, dado que ambos os produtos são próximos, no sentido em que são fermentados. Os jantares, esses ficam reservados para os dias mais apetecíveis da semana, que vão de quinta a sábado.


Hora marcada: a da abertura das hostilidades do jantar. O staff estava ainda num corropio, dado que os dias que incluem jantares são bem longos. Perante tamanha simpatia, não há problema em esperar um bocadinho.
Em todo o caso, deu logo para sentir aquela pitada humorística quando procurámos rede wi-fi. É que a rede do Isco tem o nome "Isco o restaurante, não o jogador". Assim evitamos confusões, e podemos garantir que o restaurante está em melhor forma que o jogador. Bem jogado Isco!

Dada a fama do pão do Isco, pedir o Pão com Cenas é obrigatório. Aliás, este é o único item do menú do Isco que tem lugar cativo, uma vez que este tende a mudar quase todos os meses. Os toppings são a)fígado de pato b)manteiga fermentada c) natas azedas com salmão. É tudo em muito e em bom, não vale a pena estarmos aqui com parlapié.


Houve consenso nos pratos de garfo e faca, com rabo de boi e maxilar de atum a reunir as preferências.
O rabo de boi vinha desfiado e trazia consigo uma batata doce fumada e uns cogumelos. Uma bela miscelânea a um preço inacreditável. E nós nem queríamos muito, por isso não mexíamos um rabo. De boi.
Já o maxilar de atum - para quem não conhece, uma parte muito suculenta e nada seca - trouxe o seu amigo bimi, o primo fixe dos brócolos. Um molho de limão com tomate seco conseguiu elevar o prato a um nível altíssimo, a conseguir ombrear com o rabo de boi. Win-win.


Para adocicar a boca, costumo ir pela opção mais exótica, que neste caso era o Kaiserschmarrn: doce austríaco que consiste em massa frita servida em pequenos bocados, com complementos que podem variar,sempre muito doce. Mas o Pudim Abade Priscos parecia tão melhor ideia, que assim foi. Pena quem não gosta de hortelã ter-se ficado a lamentar. Mais fica!


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