Quando recebi o convite para jantar com o Diogo fiquei muito entusiasmada, já tinha muitas saudades de o ter por cá. O Diogo sugeriu alguns restaurantes contudo, apesar de confiar nas suas escolhas em relação a restaurantes, desta vez, como uma verdadeira mulher do norte, decidi tomar as rédeas e mostrar que no Porto existem bons restaurantes e, nem tudo gira em volta da francesinha ou das tripas à moda do Porto.
Através
da sugestão de um amigo e, embalada pelo espírito italiano da última viagem,
decidi que o Puro 4050 seria um local agradável para jantar e meter a conversa
em dia. No Largo S. Domingos, no centro
histórico do Porto, abrem-se as portas para um restaurante acolhedor, com uma
decoração ao estilo colonial, onde o ambiente a meia-luz lhe dá um certo toque
de charme.
Para iniciar a experiência optamos
por um Kopke branco 2018, porque a boa comida rega-se com um bom vinho, e para
acompanhar o vinho na espera pelos pratos seleccionados pedimos um couvert
simples composto por ciabatta, manteiga de bufala DOP com flor de sal e azeite
Virgem Extra.
Seguiu-se
a Burrata com copa, rúcula selvagem e figos confitados, apesar de não ser
apreciadora de figos e, confesso que estava receosa de não gostar do prato,
rendi-me completamente a este. A conjugação dos sabores era perfeita e para mim
os figos foram a grande surpresa da noite.
Quando me foi sugerido este
restaurante, aconselharam-me a experimentar Penne com porccini, natas e molho
de trufa, e já ia com essa ideia fixa na cabeça porém quando me deparo com a
possibilidade de deliciar um risotto de polvo e castanhas, o pêndulo da balança
começou a tender para o risotto. Apesar de, inicialmente, estranhar a
conjugação das castanhas com o polvo, o prato resultou muito bem e os sabores
estavam equilibrados. A título pessoal achei que, em termos estéticos, o
prato ganharia um pouco mais se os pedaços de polvo fossem ligeiramente
menores.
Terminámos com a rainha de todos os
jantares, a sobremesa. A primeira impressão pode ser importante mas para mim a
última é que fica, por isso a sobremesa teria que ser perfeita para ter vontade
de voltar. Como o Diogo preferia uma sobremesa sem chocolate e eu não sou
adepta do sabor do café, foi-nos sugerido a tarte de ricotta de búfala com doce
de abóbora e canela. A sobremesa não defraudou as nossas expectativas e estava
divinal. Aliás, posso afirmar com toda a certeza que se o céu existe, está
coberto de ricotta de búfala!
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