Confesso que a minha primeira incursão no Green Affair não correu conforme esperado.
No entanto, esta - a segunda - mostrou porque é que estamos perante um restaurante que já se tornou uma referência no panorama vegan lisboeta.
A noticia de que desta vez o Pica-pau de soja estava disponível, era um bom prenúncio. A certeza deu-se quando chegou à mesa, com uma apresentação tradicional num prato metálico. O molho estava no ponto, o pão chorava por um mergulho. As azeitonas idem: pretas e sem caroço, a minha combinação predilecta. Correndo o risco de me tornar repetitivo, não trocava aquela soja por carne. Era aquilo. Estava perfeito, não mexia em nada.
No que a bebida diz respeito, ainda houve uma tentativa de nos levar para as alcoólicas, o que se percebe pois é de onde se retirará maior margem, mas fomos firmes e ficámo-nos pelo chá da casa. Nada doce, um bom aliado quente.
O primeiro dos pratos principais que me calhou em sorte foi o Bife de Seitan, que confesso não ser um prato que me conquiste. Mas esta versão, a boiar em molho de pimenta, consegue tornar o prato mais apelativo e sedutor.
No entanto, a medalha de melhor prato principal vai para o Tofu à Lagareiro, que só peca pela abundância da esmagada de batata. Tofu no ponto, a broa a dar um apetitoso crocante e o grelo um toque refrescante.
Já que só faz sentido partilhar o bom quando se aprende sobretudo com o mau, a minha primeira visita ao Green Affair ficou marcada por uma penosa tentativa de ingerir toda a Linguine com Pesto. Quantidade muito excessiva e enjoativa.
Nesta última visita, o staff esteve muito atento, e assumiu que a cama de batata esmagada foi excessiva, pelo que vejo que o restaurante estará atento a este pormenor.
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